Nos trabalhos acadêmicos este é um importante elemento obrigatório. Seja na monografia, artigo científico, tese de doutorado, ou até mesmo no quadro do Dr. Dráuzio Varella no Fantástico (que peca em fontes informativas) o pesquisador que trabalha com informação científica (independente da área de conhecimento) deve mencionar suas fontes de consulta para uma maior credibilidade e segurança de conteúdo. A referência é o conjunto de informações sobre textos e/ou documentos utilizados, organizados segundo uma ordem específica, contém os elementos descritivos destes documentos, de forma a permitir sua identificação. A lista de referências deve ser apresentada no final do trabalho em ordem alfabética de autores pessoais ou entidades e títulos. Ainda que apresentadas em notas de rodapé deverão ser repetidas na lista no final do trabalho. Destacam-se aqui os elementos essenciais e os complementares das referências, estes devem ser alinhados somente à margem esquerda do texto e de forma a se identificar individualmente cada documento em espaço simples e separadas entre si por espaço duplo. Seguem abaixo modelos de referências e um pequeno explicativo sobre o uso de termos em latim - infelizmente, indispensáveis na prática de trabalhos científicos.
a) Um autor:
ALVES, Roque de Brito. Ciência criminal. Rio de Janeiro: Forense, 1995.
ALVES, Roque de Brito. Ciência criminal. Rio de Janeiro: Forense, 1995.
b) Dois autores:
DAMIÃO, Regina Toledo; HENRIQUES, Antonio. Curso de direito jurídico. São Paulo: Atlas, 1995
c) Três autores:
CARRAHER, T.; CARRAHER, D.; SCHELIEMANN, A. Na vida dez na escola zero. São Paulo: Cortez, 1993.
d) Mais de três autores:
URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o Brasil. Brasília, DF: IPEA, 1984.
e) Destaque à responsabilidade intelectual:
BARRAVIEIRA, Benedito (Coord.). Venenos: aspectos clínicos e terapêuticos dos acidentes por animais
peçonhentos. Rio de Janeiro: EPUB, 1999.
f) Entidades:
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Catálogo de teses da Universidade de São Paulo, 1992. São Paulo, 1993, p. 467.
g) Várias obras do mesmo autor:
FREIRE, Gilberto. Casa grande & senzala: formação da família brasileira sob regime de economia patriarcal.
Rio de Janeiro: J. Olympio, 1943. 2 v.
______. Sobrados e mocambos: decadência do patriarcado rural do Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1936.
h) Imagem em movimento – inclui filmes, videocassetes, DVD, entre outros:
OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade. São Paulo: CERAVI, 1983. 1
videocassete (30 min.), VHS, son., color..
i) Documento iconográfico - inclui pintura, gravura, ilustração, fotografia:
KOBAYASHI, K. Doença dos Xavantes. 1980. 1 fotografia, color., 16 cm X 56 cm.
j) Documento sonoro - inclui disco, CD, cassete, rolo, entre outros:
ALCIONE. Ouro e cobre. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco.
l) Artigos e/ou matérias de periódicos. Com indicação de autoria:
SILVESTRE, Armando Araújo. Deus em xeque: qual a diferença entre ateu e agnóstico? Superinteressante: a melhor revista jovem do Brasil. São Paulo, edição 192, p. 40, set. 2003.
m) Artigos e/ou matérias de periódicos. Sem indicação de autoria:
UM PROJETO na Amazônia para salvar as tartarugas. Geográfica Universal, Rio de Janeiro, n. 141, p. 94-95, fev. 1995.
n) Monografia no todo em meio eletrônico:
ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.I.]: Virtual Books, 2000. Disponível em:
http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm. Acesso em: 10 jan. 2002,
16:30:30.
Nota explicativa sobre termos utilizados em referências
Apud:
– (do latim: junto a, em, citado por, conforme, segundo. Indica a fonte de uma citação indireta.
Para referenciar um autor (em que a obra o pesquisador NÃO teve acesso) que está indicado em um livro ao qual o pesquisador mencionado na referência TEVE acesso. Ex.:
(ANDERSON, 1981 apud ARÉVALO, 1997, p. 73)
Estudos de Zapeda (apud MELO, 1995, p. 5) mostram [...]
BUTERA apud MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: direito das sucessões. 30. ed. São Paulo: Saraiva, 1995, v. 6, p. 80.
OBS: A expressão apud é a única que pode ser usada em notas e no texto. As demais, somente em notas.
________________________________________
Cf.:
– Confira, confronte, compare:
Cf. GOMES, 2001
________________________________________
Et al. – et alii (masculino), ou et aliae (feminino), et alia (neutro):
– e outros. É comumente usado quando você não quer nomear todas as pessoas ou coisas numa lista. Ex.:
Eichelberger JP, Schwar KQ Black ER, et al. Predictive value of dobutamine echocardiography just before noncardiac vascular surgery. Am J Cardiol 1993;73:602-7.
William MJ, Odabashian J, Lauer MS, et al. Prognostic value of dobutamine echocrdiography in patients with left ventricular dysfunction. J Am Coll Cardioal 1996;27:132-9.
________________________________________
Ibidem ou ibid.:
– Para fazer referência, subseqüente, de um mesmo autor, em página diferente, de uma mesma obra. Ex.:
GONÇALVES, 2000, p. 61
Ibid., p. 203
MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: direito das sucessões. 30. ed. São Paulo: Saraiva, 1995, v. 6, p. 15.
Ibidem, p. 25.
________________________________________
Idem ou id:
– Para fazer referência, subseqüente, de um mesmo autor. Ex.:
LAMPRECHT, 1962, p. 20
Id., 1964, p. 35
ou
Idem, 1964, p. 42
________________________________________
Loco citato ou loc. cit. :
– No trecho citado (Remete a um trecho citado anteriormente).
PAPALEO, Celso Cezar. Aborto e contracepção: atualidade e complexidade da questão. Rio de Janeiro: Renovar, 1993, p. 278.
PAPALEO, Celso Cezar, op. cit., loc. cit.
SILVA; SOUZA; SANTOS, 1995, p. 99-115
SILVA; SOUZA; SANTOS, 1995, loc. cit.
________________________________________
Opus citatum, opere citato ou op. cit.:
– obra citada.
GONÇALVES, 2000, p. 50
GONÇALVES, op. cit., p. 216
________________________________________
Passim:
– por aqui e ali, em diversas passagens (Indica referência a vários trechos da obra).
GONÇALVES, 2000, passim.
MOTA, Sílvia. Testemunhas de Jeová e as transfusões de sangue: tradução ético-jurídica. In: GUERRA, Arthur Magno Silva e (Coord.). Biodireito e bioética: uma introdução crítica. Rio de Janeiro: América Jurídica, 2005, passim.
________________________________________
Sequentia ou et seq.:
– Seguinte ou que segue (da página indicada em diante).
PINTO, 1956, p. 31 et seq.
MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: direito das sucessões. 30. ed. São Paulo: Saraiva, 1995, v. 6, p. 15-17.
MONTEIRO, Washington de Barros, op. cit., p. 36 et seq.
________________________________________
Referências (Utilizadas pelo autor do Blog):
PADOVANI, Vitoria Lucia. Monografia. Material da 2ª aula da Disciplina Metodologia da Pesquisa Jurídica, ministrada nos Cursos de Especialização TeleVirtuais da Universidade Anhanguera-UNIDERP REDE LFG, 2010.
SEVERINO, Antonio Joaquim Severino.Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2007.