11 de dezembro de 2009

Copenhague e Imperatriz


Fonte: IG

COPENHAGUE:
O representante especial para Mudança Climática dos Estados Unidos, Todd Stern, declarou nesta sexta-feira que os EUA não aceitarão um acordo da Conferência de Copenhague que não determine metas obrigatórias de redução de emissões "aos grandes países em desenvolvimento". A referência foi interpretada como uma menção à China, mas Índia e Brasil provavelmente também seriam incluídos nessa categoria.
A declaração foi feita em relação ao esboço de acordo apresentado hoje na cúpula. Para Stern, o documento tem um "desequilíbrio" ao prever, para os países desenvolvidos, uma obrigação legalmente vinculante de reduzir emissões, enquanto, para os emergentes, propõe apenas uma possibilidade de metas. "Essa estrutura reflete o pensamento antigo. E não queremos começar uma negociação nessa base", afirmou Stern. Segundo ele, previsões indicam que 97% do crescimento das emissões no planeta será causado por países em desenvolvimento. Apesar das críticas, o negociador americano afirmou que o rascunho é um passo "construtivo" e acrescentou que acredita "absolutamente" na possibilidade de um acordo final.

Pré-acordo:
O esboço inicial de acordo prevê que as metas de redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa nos países desenvolvidos podem ir de 25% a 45% até 2020. Os números definitivos serão negociados até a assinatura do documento, na semana que vem. As metas para 2050 também variam entre 75% e mais de 95%. Todas têm 1990 como ano base. Até o momento, as propostas apresentadas voluntariamente pelos países desenvolvidos para 2020 somam apenas 18%. Entre as novidades do documento, está a confirmação de objetivos de redução de emissões nos países em desenvolvimento. O Protocolo de Kyoto prevê reduções apenas nos países ricos.
No esboço, a redução de 15% a 30% até 2020 em relação à tendência de crescimento seria voluntária para os países em desenvolvimento. Diferentemente do texto para as reduções dos países ricos, que deixa clara a obrigação legal do cumprimento das metas. Para o Brasil, que propôs voluntariamente uma redução de 36,1% a 38,9% em suas emissões, a meta em tese não faria diferença, embora países como China e Índia já tenham manifestado insatisfação com a imposição de metas, ainda que voluntárias. O esboço ressalta também que as ações de redução "dependem do apoio disponível".

IMPERATRIZ:
A cidade de Imperatriz, Maranhão, foi tida como a mais quente do mundo (ao lado de Palmas e Teresina)nesta sexta-feira na Dinamarca. Os Chefes de Estado ficaram chocados com os relatórios sobre o local que no inverno registra dias com 40º - e quando chove a sensação de calor parece se agravar (a cidade fica "abafada", segundo os populares). Quem faz a festa são as moriçocas e os "bichos de lâmpada", aqueles dos dias chuvosos. As principais ruas da cidade não apresentam infra-estrutura necessária, tanto é que muitas famílias já tem adquirido novos barcos como transportes alternativos - sendo o termo "Veneza Brasileira" mais apropriado ao local. Um bom exemplo da calamidade é o Ginásio "Fiqueninho" que no inverno passa a abrigar as famílias "ribeirinhas" desabrigadas pelas enchentes... Felizmente, a mentalidade dos líderes mundiais parecem apontar para novos ares e os problemas da cidade maranhense estão com os dias contados: aproximadamente, 360000 dias até 2020... Enquanto isso, fica a dica: "em terra que não tem jacaré, tartaruga tira o casco"...

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