30 de junho de 2009

"Hoje, o tempo voa..."

"Hoje, o tempo voa...". Vale a pena pensar a sobre...

São daqueles dias em que você ouve pela milésima terceira vez a mesma música e, só nesta última, percebe a força que tem... Tudo bem, as músicas são melhores quando ouvidas que comentadas, mas a que me refiro acredito que todos devam conhecer (Tempos Modernos: Eu vejo a vida melhor no futuro...). Ao observar uma letra, involuntariamente, acho que é inevitável sequestrá-la para o seu mundo, atribuir significados só seus a trechos tão próprios dos outros. Vai ver é aí que reside a magia. Constantemente, tento observar por onde se escondem os valores dos tais "tempos modernos". O que é avaliado como bom? Que malandragem não nos basta? Que malícia, realmente, atrai? Quais os caminhos mais duradouros? Existem? Só não duvido de uma coisa: a vida manda sinais... Siga os sinais! Por vezes, enxergo pessoas que se vendem por pouco, ou até pior, fazem-se de aluguel... Triste é a vida de quem não é feliz sozinho, em dupla, jamais será! Desconfio dos amores expostos, dos sentimentos gritados e das frases feitas... Desconfiem também! De tudo que observei nesse mundo onde "o tempo voa e escorre pelas mãos", é certo que o silêncio tem força... É pro espelho que você, realmente, abre o peito... É do sorriso dos olhos que se tiram as mais belas gargalhadas... Eu sei que muitos tentam - e tentar é admirável... Mas, quem muito tenta, quem se vende por pouco, quem abraça a primeira bóia, perde a força do nado... Aqui quem escreve nem de longe é reserva moral... É um arqueiro que muito atirou, matou, feriu, errou e decidiu reservar as melhores flechas para os alvos mais valiosos.. Faço menção  aos de valores, realmente, inquestionáveis... Que valores!? Os de sempre! Eles não mudam... "Eu vejo isso por cima de um muro". Defendo e compreendo bem os que tentam, os que fecham portas em busca de uma passagem secreta... Ah, meu amigo... Eu entendo você.... Eu também sou assim! Mas, quer uma dica... Não fuja dos grandes princípios. Não se vender por pouco ainda é a cereja do bolo... Existem as pessoas que tirarão um pedaço, mas ninguém divide a cereja... É pequena demais pra tanto olho. "Eu quero crer no amor numa boa, que isso valha pra qualquer pessoa". Vale a pena desprender-se, se essa liberdade for um drible na contramão de quem se anuncia por pouco, de sentimento não se fala, e aqui há de se dividir o corpo do emocional... O corpo é aquele que pede por sexo, desejo, calor (o que é perfeito! Apesar de não ser imortal, posto que é chama... - Eu sei que já deixaram famosa essa segunda parte), isso é fácil, muito fácil, extremamente fácil pra você e eu e todo mundo canta junto sempre terá e nunca deixará de ser o contato mais simples entre as pessoas (e olha que é muito bom hein...) mas não são esses os valores - que valores!? Os de sempre! Ainda é na palavra conseguida com suor, na vivência da rotina de pequenas descobertas, na lógica da boa convivência que reina o que dura, o que o vento e o apagar das luzes não leva... E tá aí o mistério de não se vender, não se testar, são brilhos que intensificam com o tempo e sem nenhum plano... É bem simples, nem por isso lançado em todas as portas, ou janelas, vai saber... "Hoje, o tempo voa". E os valores!? São os de sempre... Eles não mudam! (são reconhecidos com o tempo, deixe-os por último... A cereja vem depois...).
"Que isso valha pra qualquer pessoa..."
Arn.
(Tempos Modernos)

29 de junho de 2009

Eustáquio





Eustáquio
(Arn. Bruno)


Eu fui bom comigo
Desde que me abracei
Abraço mais forte não vi
Recíproco, então...

Fui a promessa perfeita
Alguma coisa à beça
Mas, não me acabei!
E quem me digo ser leal?

Quem me quero tanto quanto eu!?
Eu peço disciplina
Não me obedeço!
Há dois ou três mais
Que nem sequer lembram um...

- "Eus-Ei"... Não fale por mim, afinal...
Quem me quero tanto quanto eu!?
Nós serão apenas nós!
Eu os desato em "Eus"...

São atos de um só, um só de nós
Na luta com soldados meus
Quem me finjo? Quem me esquivo?
Eu me golpeio e sinto um campeão!
Ao me ver no chão...
Mas, não sou eu quem me dei a mão?
"Eus-ou" meu héroi ou um carrasco
Na luta com soldados meus?
Quem me quero tanto quanto eu!?

26 de junho de 2009

"We are the Children"


Dia 26/06/2009, faleceu o maior nome da indústria da música pop do séuclo XX, nada mais que isso... Parece simples quando ouvimos essa classificação tão repetida de M. Jackson, "o rei do pop", o artista das cifras e platéias estratosféricas, o homem cercado de mistérios e problemas pessoais, visitante assíduo de cirurgiões plásticos e audiências... Neste dia, acho que vale aquela boa e corriqueira análise acerca de qualquer biografia - vamos destacar o que existiu de bom!

Talvez, seu maior erro tenha sido o de qualquer ser humano (envelhecer...). No início da carreira, o pequeno M.J. era uma criança assustadoramente talentosa, quem sabe, também o artista prodígio de maior impacto da indústria pop: dançava de forma diferente, cantava perfeitamente, tinha uma presença de palco que parecia ser fruto de décadas de treinamento... Anos depois revelou que se achava feio e era alvo de brincadeiras do pai sobre sua feição, o que não sabia era que o futuro seria um tanto sombrio em relação a essa mesma aparência física questionada na infância - ele pareceu nunca se aceitar!

No tocante ao lado artístico não podem ser poupados elogios... Os clipes de M. J. eram os mais esperados, bem produzidos, revolucionários e polêmicos possíveis - quem consegue atingir esse estágio merece ser chamado, sem qualquer receio, de "artista", "astro", "rei", "pedófilo" (Ops!...). Confesso que não era um grande fã, mas, sei reconhecer quando uma pessoa merece ser admirada em relação ao seu talento e trabalho, quanto a isso não resta dúvida que é um nome imortal da música. Convenhamos que não se firmam grandes marcas com facilidade nesse meio de estrelatos instântaneos, aqui presenciamos uma história de extremo sucesso desde os primeiros anos até a estranha morte de um endividado astro que sonhou em ser Peter Pan e morreu com um nariz bem diferente do que tanto reclamava na infância... (humor "negro", "branco"!?, black or white?). Pois bem, valeu Michael Jackson, você foi a cor que quis, o artista que quis, a figura que quis e merece respeito! Hoje, o mundo parou para ouvir tudo de novo... Poucos romperam tantas fronteiras quanto esse cidadão... Enfim, "We are the world, we are the children!".

http://www.youtube.com/watch?v=mWfVyBtuYWY&feature=related


(vídeo com a música: "I want to back", Jackson Five)

23 de junho de 2009

O tempo e o texto

Escrevi isso alguns anos atrás e, sinceramente, não sei o que penso sobre... Você percebe com o tempo o quanto seus conceitos evoluem, ou, simplesmente, modificam-se. Decidi colocar porque em um momento de investigar textos que nunca tiveram qualquer reconhecimento do seu responsável, encontrei esse rabisco que não evoluiu... Enfim, ficou morto no tempo e decidi postar para que ele tenha algum significado. Nada mais é que o efeito do tempo no texto, que depois de um lapso perde o brilho ou se redescobre - sobre este, ainda não sei... Mas, os conceitos mudaram! Rimas simples, nada revolucionário, zero instigante, "basicão", mas, de alguma sinceridade que me chamou atenção depois de uns anos... Ah, vai saber... Entre alguns, foi ele o "desamassado"...

Mas

Hoje, passei pela rua da minha rotina
Olhei para a loja em liquidação
Sempre íamos lá sorridentes
Saíamos endividados com algo na mão...
Ontem, eu a vi novamente
Já numa outra situação...
Nos cumprimentos com olhares frios
- Não é a primeira vez...

Mas, naquele mês... Você foi especial...

Quando viajávamos, combinávamos aventuras
Dava certo! Nunca como bem planejado...
Ninguém tem culpa de gostar do inesperado
Praias, barzinhos, montanhas e drinques ao luar
Revi as fotos - seu cabelo era mais curto
Ontem, parecia sem vida...
Não tinha o mesmo desembaraço
Assim como aquele olhar de profana...

Mas, naquela semana... Você foi especial...

Eu sentia medo do teste seguinte
Era tudo ou nada, tinha que ser!
Havia pedido um tempo - eu precisava...
Aceitou numa boa - que até estranhei...
Depois de uns dias senti sua falta
Enquanto isso, desconfiava...
Ainda assim, ligou, desejou boa sorte
E disse que amava enquanto sorria...

Mas, naquele dia... Você foi especial...

Seria um teste e tanto... O fim da agonia...
A linguagem do corpo era clara
Em segundos, o semblante aquecia...
Fui o mais carinhoso que um selvagem conseguiria!
Nosso suor formava o perfume
E eu, de costume, enchia você de “cosquinhas”
Vai entender essas intimidades com o tempo
Quando outros tocarem sem o mesmo açoite...

Mas, naquela noite... Você foi tão especial!...


"(...) - Jura que vai lembrar?"


Arn!

22 de junho de 2009

O porte de arma desmuniciada constitui crime? E a posse de munição sem arma?


"A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal determinou o arquivamento de ação penal contra Cláudio Nogueira Azevedo, acusado de porte ilegal de arma. O STF aceitou o pedido de Habeas Corpus de Azevedo porque ele não dispunha de munição para disparar os tiros.
O acusado foi denunciado após ter sido preso na cidade de Suzano (SP) com uma espingarda. Ele foi detido porque carregava a espingarda no banco de trás do seu carro e não tinha porte de arma.
Segundo a defesa, apesar de a arma estar sem munição e envolvida em um plástico, os policiais militares prenderam Azevedo em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma de fogo. A prisão foi confirmada pelo delegado, mas, posteriormente, o juiz concedeu a liberdade provisória. No entanto, o acusado passou a responder a uma ação penal pelo crime.
Para os ministros Eros Grau, Cezar Peluso e Celso de Mello, a conduta de Azevedo não está prevista no Estatuto do Desarmamento (10.826/03). “Arma desmuniciada e sem munição próxima não configura o tipo [penal]”, ressaltou Peluso
". (Quarta, 10 de Junho de 2009)

HC 97.811
Abordar um assunto jurídico fez-se necessário, tendo em vista ser esta a pergunta que eu devo responder e persuadir um especialista no assunto para obtenção de nota na Pós de Ciências Penais. Pois bem, decidi expor o tema de maneira quase jornalística, ou nada imparcial -hoje, não é preciso diploma de nível superior para o exercício do jornalismo, logo, se tenho um Blog e divulgo idéias, para o STF sou equiparado a uma pessoa graduada em tal área... Vale lamentar, mas, tem lá seus fundamentos históricos a decisão divulgada na semana anterior - com o intuito de buscar uma mídia generalizada acerca do tema.
No tocante ao assunto, após diversas leituras e discussões, tenho de forma cristalina uma tendência fundamentada a não aceitar como crime a conduta de porte ilegal de arma desmuniciada, e, bem menos, a posse de munição sem arma. Visto que:
Conceito jurídico de arma de fogo:
"...jamais afasta-se da idéia de capacidade real para disparar projéteis. Nisso é que reside o seu perigo efetivo (típico). Arma que não é idônea (nas circunstâncias concretas em que é encontrada ou utilizada) para efetuar disparos não reúne a ofensividade exigida pelo tipo e pelo moderno Direito penal (é, aliás, meio absolutamente ineficaz ou exemplo de crime impossível, nos termos do art. 17 do CP)".
(LUIZ FLÁVIO GOMES. Doutor em Direito penal pela Faculdade de Direito da Universidade Complutense de Madri, Mestre em Direito penal pela USP, Diretor-Presidente do Centro de Estudos Criminais).
Princípio de Intervenção Mínima:
A tutela penal é fragmentária e subsidiária. Entende-se que somente os ataques mais intoleráveis aos bens jurídicos mais relevantes entram na esfera penal e, mesmo assim, quando outros ramos do Direito não forem adequados para a proteção do bem jurídico. Trata-se pois de um reconhecimento do impacto gerado pelo Direito Penal na vida social e que este só deve ser acionado em situações de efeitva gravidade. Aqui insere-se também o princípio da insignificância, o qual considera atípico o fato quando a lesão ao bem tutelado pela lei penal é de atingido de forma irrisória (ex: furto de uma laranja).
Requisitos do fato ofensivo típico:
Na onda dos avaços doutrinários vividos pela esfera Penal já não se pode considerar o fato típico doloso, senão quando presente tais requisitos: (a) conduta criadora de um risco proibido relevante para o bem jurídico protegido; (b) produção de um resultado jurídico relevante (ofensa ao bem jurídico protegido) e (c) imputação subjetiva (dolo).
Bem jurídico protegido:
A proteção de bens primários do ser humano (vida e integridade corporal) constitui o âmbito secundário dessa intervenção penal. O conceito vigente surge para oferecer imediata proteção a uma outra ordem de interesses: a segurança coletiva (um certo nível de segurança).
Conclusão:
Visto alguns conceitos: Entendo que só poderemos falar de crime em relação ao porte ilegal de armas se este atingir em certo grau ao princípio da ofensividade, ou seja, oferecer perigo real diante de uma conduta criadora de risco iminente abordado o caso concreto. Felizmente, o STF também divide a postura, conforme o HC posto acima, que já foi divergente tempos atrás... Sendo assim, antes que atirem a primeira pedra ao discordar de tal posicionamento, vislumbremos o efeito que a máquina penal gera para o Estado e para o cidadão que paga pelo seu uso. Por fim, apesar de seguir grandes nomes no tocante ao assunto, deixo resguardado o direito da polêmica...

20 de junho de 2009

"Salve o tricolor paulista..."


Essa foi uma semana complicada no meu time, o São Paulo foi eliminado da Libertadores 2009, e, no futebol, quando as coisas não vão bem é mais fácil se desfazer de um que de onze... Mais uma vez foi assim! O escolhido, como manda a regra, foi o "abusado" do Muricy Ramalho. Por que "abusado"? O cara nunca comemorou os títulos que conquistou pelo clube, estava sempre insatisfeito, não era agradável com a imprensa e pouco ligava para os estrelismos da profissão... E aí vem a pergunta: Desde quando esses fatores são defeitos? Também acho... Não vou falar que tivesse feliz, ultimamente, em assistir jogo do São Paulo, aliás, qualquer coisa parecia mais interessante.... Deu no que deu! Perdeu fora e em casa p/ Cruzeiro... Aí foi demais! Tchau Muricy! Foi bom enquanto durou... Muito bom! O muricy tornou-se treinador do tricolor paulista no ano seguinte ao ser escolhido melhor treinador do brasileirão pelo Inter em 2005, de quebra, repetiu a dose em 2006, 2007 e 2008 - um monstro ! Recebeu o São Paulo na era do 3 - 3 -3 (Três vezes campeão: brasileiro, libertadores e mundial), saiu com a saga do 6 - 3 -3, em apenas três temporadas completas.

Não foi fácil ser torcedor do São Paulo nos últimos anos, ainda mais se você foi um desses que quis se atualizar comprando as camisas comemorativas de títulos (4 - 3 - 3, 5 - 3 -3, 6 - 3 - 3), todo ano era uma... Em 2009, parece que o desfecho será diferente... Ainda mais sem o "abusado" do Muricy! É o típico caso do perfeccionista que comemora em silêncio... Como são-paulino não sei bem o que pensar a respeito, mas, como estou acostumado a esperar pelas libertadores com ansiedade, acho que foi boa a saída do "abusado", no entanto, se o São Paulo não for bem nesse brasileiro, vou lembrar que é melhor um abusado campeão que um bonzinho perdedor! O futebol tem dessas máximas! Lembro da época em que fui no RJ e assisti os jogos do "super botafogo", aquele time que jogava bonito com Zé Roberto, Jorge Henrique e Lúcio Flávio, mas, que não ganhava títulos... A torcida chorava, compulsivamente, cada eliminação, enquanto isso, eu era um são-paulino - do treinador abusado, futebol nada empolgante, mas, campeão brasileiro. Vamos ver que futuro espera o meu time. O novo treinador é o Ricardo Gomes, um desses caras educados, de currículo sem grande expressão como treinador (era zagueiro da seleção na década de 90) e que deve comemorar quando conquista um título... Vamos ver até onde essa combinação é melhor que a do grande Muricy! São-paulino é um ser mal acostumado... Atual tri-campeão brasileiro e ainda se presta ao papel de ensaiar uma crise... "Salve o tricolor paulista...". Enquanto isso... O botafogo continua jogando bonito e sem conquistar títulos, o Vasco sofre na segunda divisão e o Fluminense empata em 2 a 2 com o Avaí, por falar nisso, vou terminar de ver os acréscimos do segundo tempo... (Goooooooooooooool do Avaí (Léo Gago)... 3 X 2, 48:30 seg.). Enfim, viva o São-Paulo, o Muricy-abusado e o Léo Gagagagagago.

19 de junho de 2009

"E eu fora do ar..."


Não é a primeira vez que penso seriamente em dar vida a um blog... E a primeira questão que me veio em mente nas vezes em que considerei o assunto foi: Por que ter um Blog? Parece um luxo desnecessário alguém nessa correria mundana ponderar a idéia de ter um momento para escrever sem grandes propósitos, então, no início, hesitei... Pouco depois, quando olhei para o lado e vi a gama de obrigações da rotina de alguém que se entrega a esse modelo de vida pragmática, hesitei ainda mais... Até que um dia, tão inusitado quanto marcante, decidi voltar a escrever... E foi assim, em meio a uma decisão espontânea de um assunto quase encerrado que eu resolvi tentar...
A relação do homem com a escrita, sem dúvida, é heterogênea! Existem os que escrevem para desabafar, outros como uma busca pelo auto-conhecimento, alguns porque gostam (simples assim!), outros porque entendem o poder que a palavra exerce sobre os semelhantes... Pois bem, eu não me encaixaria em um só grupo e a minha relação com essa arte silenciosa começou cedo... Recordo bem de ser uma criança que escrevia... Na quinta série lembro ter recebido uma caneta com meu nome gravado por ter vencido um concurso de poemas no Santa Teresinha, incrível era imaginar como aquele moleque de canela suja da bola e que só se conhecia suado poderia escrever alguma coisa, mas, escrevia... Ainda que p/ conseguir nota! Um pouco atrás, no alto dos 10 anos de idade (só tinha cabeça!) lembro ter começado a escrever as riminhas mais pobres que um ser humano pode assimilar... E na época, tudo parecia engenhoso e de grande capacidade... Mas, foi assim que se deu o contato que perdura por tantos anos...
Sempre gostei mais de escrever que de praticar a leitura, o que é uma incoerência sem tamanho! Ainda assim, eu tentava... Escrevia periodicamente no jornalzinho da escola, e enquanto tivesse alguém para ler, eu escrevia, e se não tivesse esse alguém, também! Já no ensino médio, lembro ter conquistado um concurso de redação sobre a independência do Brasil - que cafona isso! (a professora era a Assonilde, hoje, sou professor do cursinho dela.... Que mundo louco!) Mas, é assim que se pega gosto... E foi assim que me voltei para o papel (hoje, monitor...) Lembro-me com carinho dos dois grandes projetos em que me lancei na escrita de forma desafiadora: "Ático" e "Equiláteros", duas ficções que me levaram bastante tempo, onde eu me dedicava de cabeça nos dias ociosos, poucos chegaram a ler alguma coisa sobre... (eu tinha vergonha ou medo de acharem que eu andava muito desocupado...) Mas, o "Ático" foi até a página 58, e era um grande orgulho! (ainda o leio de ano em ano) Escrever uma ficção é coisa de gente louca, não duvidem disso! Uma loucura e tanto! Vale a pena! Quero um dia retornar, mas, no momento, o resgate será esse Blog.
Nos últimos anos tenho voltado atenção para a música - ah... pouco importa no fim que pode levar, e, felizmente, isso tem sido um passatempo agradável, tenho sido um compositor anônimo satisfeito! Ano passado vivi experiências novas, cantar em barzinho, ter uma música na final do maior festival de Imperatriz, ter sido procurado por pessoas que eu admiro o trabalho e sendo reconhecido, ainda que no submundo, como um compositor anônimo!... (Anônimo reconhecido!?) As coisas tem evoluído nessa brincadeira, outras pessoas tem procurado músicas e já com interesse em gravá-las profissionalmente, eu fico feliz! Nada mais é que a minha última manifestação de laço com a escrita e o que se vê por aí na vida, ou só uma forma de se expressar, sem maiores ambições. Ah... O título do Blog é o mesmo de uma música em parceria com o Ricardo (Madame Lulu), que pretende lançar um CD e tem interesse em colocá-la no pacote... Nada mais é que uma letra sobre alguém que se encontra "fora do ar" e, de repente, desperta... Enfim, nem vale falar de música, elas são melhores quando ouvidas. Importante mesmo é o quanto faz bem suar, apanhar, calcular, espremer, modelar e concluir uma letra interessante... Dar-se por satisfeito: "- Ainda que só toque no meu quarto, é bem o que gostaria de ouvir!". Na parte melódica preciso muito dos amigos mais talentosos, eles sabem quem são! Depois de um certo ponto chega a ser compulsivo e se você não se alimenta disso, cuidado, afeta todo o resto... Talvez, seja só um jeito de preencher a falta que o futebol faz... Mas, esse é um outro assunto...