23 de maio de 2010

Permita


Permita

É o seguinte: cada um faz sua parte
E que ninguém se irrite!
Existem dívidas nos olhos que não sabem chorar
Caminho de dádiva curta, surpresas sem limites
Vaidade que se escuta, reprisa e refuta.

Essas longas avenidas parecem não ter fim
Depois das quatro tudo entra em levitação
A estrada é segura e pode ser divertida
Entre piadas censuradas, novos pedidos
Palavras da pele em pulsação...

"- Há quem permita sentir-se um pouco
Ainda que por uns instantes..."

Então, é o seguinte: mesmo no desespero
Eu não quero que grite.
Finja-se mais, arrebente!
Tem gente que mente e, assim, é feliz...
Até parece que o amor é um gesto de doação.
O que salva é o céu que insiste ajudar
Existe razão no dado que a mão duvida
Entre a fé e a fuga, só um seguirá...
Como num roteiro alternativo:
Sorte no jogo, sorte no amor.
"- Há quem permita sentir-se um pouco
Ainda que por uns instantes...".

Arn.

2 comentários:

  1. 'Eu não quero que grite.
    Finja-se mais, arrebente!
    Tem gente que mente e, assim, é feliz...
    Até parece que o amor é um gesto de doação.'

    gostei muito dessa estrofe, e se o último verso for acompanhado com um sorrisinho sarcástico e um tom irônico: melhor ainda.

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  2. *-* Poucas são as chances que eu tenho de encontrar algo que, como este verso, traduza tão bem o meu olhar sobre a vida! ^^
    Posso divulgar no meu blog (http://bloguelado.blogspot.com)?
    bjs

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